Síndrome de Burnout X Qualidade de Vida no Trabalho

Motivacional, Produtividade, Social

O estresse, o esgotamento físico comprometem a saúde e a qualidade de vida no trabalho. Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout é uma doença resultante do excesso de trabalho ou atividades desgastantes, que consomem a energia do trabalhador. Uma condição com impactos que vão muito além da produtividade e interferem na saúde geral da pessoa.

É um estado de tensão emocional que pode ser percebido por um conjunto de sintomas como:

  • Agressividade;
  • Isolamento;
  • Irritabilidade;
  • Lapsos de memória;
  • Baixa autoestima;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alteração de apetite;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Cansaço excessivo;
  • Ansiedade;
  • Depressão

O quadro foi descrito pela primeira vez pelo psicólogo norte-americano Herbert Freudenberger, em 1974, ao analisar as alterações significativas de comportamento, que indicavam a baixa qualidade de vida no trabalho.

Uma síndrome multidimensional

Entre outras coisas, a qualidade de vida no trabalho depende de fatores como satisfação e felicidade, realização profissional e sentimento de pertença. É preciso que o trabalhador se perceba como parte de um grupo coeso e produtivo.

Quando Louis Davis, professor da Universidade da Califórnia, usou a expressão qualidade de vida no trabalho, ainda nos anos de 1960, demonstrou as consequências negativas de uma empresa manter trabalhadores estressados e desmotivados.

A Síndrome de Burnout traz consequências que afetam o desempenho e bem-estar geral dos colaboradores e toda a cadeia produtiva. Três dimensões são atingidas por ela:

  1. Exaustão emocional: sem energia e com intensa fadiga, o trabalhador sente-se incapaz de recuperar-se e tem a forte sensação de que está em seu limite;
  2. Despersonalização: perda da sua própria identidade e convicções, passa a ser indiferente e distante;
  3. Baixa realização pessoal: o trabalhador deixa de ver sentido em suas atividades e passa a exercê-las mecanicamente.

Existem formas de combater a Síndrome de Burnout e preservar a qualidade de vida no trabalho: leia o artigo sobre o tema.

O papel do ambiente de trabalho

A humanização do ambiente corporativo é a condição sine qua non para o desenvolvimento de uma cultura de qualidade de vida no trabalho. O equacionamento das expectativas em relação às atividades desempenhadas, a distribuição racional de tarefas e a consideração de que existem limites a serem respeitados. 

Ambientes excessivamente competitivos, a síndrome de super-homem, que traz a ideia de que somos capazes de realizar todas as tarefas que nos propomos, ao invés de estímulo, podem ter um efeito inverso, atacando a autoestima e gerando desconforto

O clima organizacional positivo deve ser construído a partir de uma leitura cuidadosa do time, entendendo as potencialidades, individualidades e diversidades, para que seja uma síntese de esforços com objetivo comum e não uma competição pelo sucesso profissional de cada colaborador.

Saúde física e saúde mental são conceitos que precisam ser concebidos de maneira conjunta e um espaço de trabalho saudável é aquele que consegue articular essas dimensões equilibradamente. A produtividade não é alcançada à força ou com o esforço desmedido e sim por uma estratégia inteligente, que implica qualidade de vida no trabalho, com rotinas mais tranquilas e humanas.

Conheça soluções para manter o ambiente de trabalho saudável, lendo o artigo.

O que as empresas precisam saber

A Síndrome de Burnout é uma doença laboral descrita na Classificação Internacional de Doenças (CID10), pelo código Z73.Portanto o trabalhador tem direito ao afastamento para que possa receber o tratamento adequado, assim como receber todo o apoio e acolhimento por parte da empresa.

Entretanto, o que mais importa é que as empresas precisam de códigos de cultura que se antecipem ao problema e garantam qualidade de vida no trabalho. Que sejam eficientes em suas estratégias de Recursos Humanos e fiquem atentas às situações de assédio moral e psicológico que, muitas vezes, encontram-se na raíz dos problemas, em razão de gestões equivocadas.

A empresa que olha para o futuro, cria as condições necessárias para a manutenção da saúde e bem-estar geral dos seus colaboradores, atuando para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, pois é isso que cria fidelidade e garante produtividade.

Trabalhar pela qualidade de vida no trabalho, com vistas ao equilíbrio corpo e mente não é apenas uma obrigação das empresas, mas a sua melhor estratégia.

Entre em contato conosco e conheça os nossos serviços.

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